Cidade C era tão frio. Às três da madrugada, a temperatura mínima chegou a menos seis ou sete graus, até as poças de água estavam congeladas. Ela estava ali, descalça, esperando por ele há quanto tempo?
— Não tenha medo, nada vai acontecer.
A voz de José soou distante para Carolina, mas extremamente clara.
Tão quente.
Instintivamente, ela se aninhou nos braços de José, realmente era muito quente.
— Carolina, mantenha-se acordada, você não pode dormir agora. — José pediu que Carolina ficasse acordada, ela havia perdido muito sangue e não podia dormir naquele momento.
Carolina estava muito cansada.
— Estou tão cansada... — Carolina disse com a voz embargada, as lágrimas quentes escorriam.
Ela realmente estava tão cansada.
— Até quando eu eu tenho que pagar por isso... — ela murmurou, como se perguntasse ao mensageiro do inferno até quando ainda teria que expiar para se libertar.
— Você não tem culpa.
Com todas as suas forças, Carolina tentou abrir os olhos ao ouvir