A sociedade era assim, uma camada sobre a outra.
Quando alguém tinha uma posição mais alta que a de Cátia, ela se tornava submissa e implorava por misericórdia.
— Carolina... — Matilde se agachou ao lado de Carolina, falando em voz baixa. — Você não pode... continuar a aguentar isso. Essas pessoas não vão te deixar em paz. Você não percebeu isso após cinco anos na prisão?
Carolina olhou para Matilde com um olhar apático, limpando o sangue do nariz de forma desajeitada.
— Ela machucou meu filho... desta vez, eu não vou ceder. — Carolina respirou fundo, como se tivesse tomado uma decisão.
Matilde assentiu, abraçando Carolina com carinho. — Ninguém pode nos proteger para sempre. A montanha pode desmoronar, a árvore pode cair. Mas, Carolina, você deve aproveitar todas as pessoas que pode, mesmo que esses homens apenas nos ofereçam benefícios temporários e apoio, você deve agarrar isso firmemente e subir passo a passo.
A voz de Matilde era baixa, mas rouca.
Esses anos, ela hav