José apenas deixou que ela chorasse.
— Eu… — Não sabia por quanto tempo havia chorado, mas Carolina tentou falar, com a voz rouca. — Eu… — José deu leves tapinhas nas costas dela.
— Não amo… Não amo o Pedro.
Ao ouvir a explicação, José curvou os lábios, de excelente humor. — Bom, eu sei. — Só um idiota continuaria amando um canalha daquele.
Carolina não era uma idiota, era uma raposa esperta que sabia morder quando necessário.
— Ele… Ele é mau.
— Sim, não é mesmo um bom sujeito. — José concordou.
Carolina voltou a chorar. — Desculpa… Eu bati nele…
Ela parecia ter quebrado a cabeça de Pedro. A família Santos aproveitaria certamente a situação para criar problemas para José.
— Você realmente errou… Por não ter batido mais forte e acabado com ele. — José bagunçou os cabelos de Carolina de leve.
Carolina ergueu o rosto e olhou para José com os olhos vermelhos, mas incrivelmente brilhantes.
José prendeu a respiração. Os olhos de Carolina… Eram provavelmente os mais bonitos que ele já tinha