Rita sentiu os dedos se moverem levemente e abriu os olhos cansados. Viu Esther logo à sua frente, e com o pouco de força que lhe restava, segurou sua mão com firmeza.
Esther percebeu o movimento e olhou para ela, ansiosa.
— Rita! — Exclamou, emocionada.
— Está tão frio... — A voz de Rita saiu fraca, quase como um sussurro.
Esther imediatamente envolveu ela nos braços, a aquecendo.
— Eu estou aqui com você... Não vai sentir mais frio. Estou aqui, Rita. Não vai mais sentir frio.
Rita parecia ainda mais frágil, suas palavras saíram com dificuldade.
— Acho... Que estou morrendo. — Ela respirou fundo, em esforço. — Me desculpe, Esther. Não consegui... Não consegui encontrar o antídoto pra você... Eu... Eu falhei...
Ela começou a tossir e um filete de sangue escapou no canto da boca.
— Não se desculpe! — Esther disse, com a voz embargada. — Não importa o antídoto agora! Você só precisa ficar quietinha... A ambulância está chegando. Vou te levar e tudo vai ficar bem. Você só precisa aguentar