Apesar de suas suspeitas, Dora não tinha provas contra Melissa e, portanto, não podia falar levianamente. Com frieza, ela disse a Melissa:
— Se não há mais nada, é melhor você ir descansar. Não fique mais rondando a porta do quarto principal sem motivo.
Melissa concordou e respondeu:
— Entendido, Dora.
Depois de falar isso, ela saiu lentamente com o livro nas mãos.
Na manhã seguinte, assim que o dia amanheceu, Dora foi até o quarto principal. Aproveitando a ausência de Joaquim, ela rapidamente contou a Natacha o que havia ocorrido na noite anterior. Com um semblante sério, Dora disse:
— Senhora, você precisa tomar cuidado com essa Melissa. Ontem à noite, eu a vi com meus próprios olhos parada na porta do quarto, ouvindo a conversa de vocês. Ela estava praticamente com a orelha grudada na porta.
Natacha ficou chocada, exclamando surpresa:
— Como isso é possível? Por que ela faria isso?
— Pois é, eu também achei estranho. — Dora suspirou. — Já trabalho há anos para a família Camargo. Voc