- Sou eu. - A voz grave de Joaquim veio do outro lado da porta.
Natacha rapidamente terminou de beber o caldo do macarrão instantâneo, sentindo o sabor salgado deslizar pela garganta, e jogou a embalagem no lixo de forma rápida. Ela respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções dentro dela, e então abriu a porta calmamente.
- O que você quer? - Perguntou, sua voz cuidadosamente controlada.
Assim que Joaquim entrou, o cheiro pungente de macarrão instantâneo tomou conta do ambiente. Ele franziu o nariz, preocupado, mas tentando esconder sua ansiedade sob uma máscara de indiferença. Ele estava preocupado que ela não tivesse comido nada o dia todo e que isso pudesse prejudicar seu estômago. No entanto, ao perceber que ela não se privava, ele a repreendeu sem piedade:
- O quê? A comida da Dora é tão ruim assim? Você prefere comer macarrão instantâneo sozinha?
Natacha ficou constrangida, sentindo o calor subir às bochechas e corando, mas logo respondeu de forma defensiva:
- Eu