Embora Duarte também tivesse levado Lorena a sério, e até tivesse gasto muito dinheiro por causa dela, Lorena não gostava desse tipo de sentimento, que trazia consigo humilhação e engano.
Já Ademir era diferente. Sua presença trazia uma sensação de calor, ele tinha capacidade, mas não fazia questão de se exibir.
Ademir era sério e igualitário com Lorena, e ela podia sentir que ele se esforçava para preservar sua autoestima.
— Obrigada, eu gostei muito deste copo. — Lorena segurou o copo nas mãos, satisfeita.
Não importava se Ademir tinha gasto duzentos mil reais em um piano só para vê-la uma vez, ou se ele gastou duzentos reais em um copo térmico para ela. Lorena se sentia feliz.
Talvez, fosse isso o que chamavam de amor.
Ademir a aconselhou:
— Agora que o tempo está seco, beba bastante água, não se sobrecarregue.
— Eu sei. — Lorena sorriu de leve, e até seus olhos refletiam alegria.
Ademir não ousou mais olhar diretamente para Lorena, temia que, se continuasse assim,