Rosana, na maior parte do tempo, só queria ficar sozinha, sem contato com ninguém, sem se comunicar com ninguém.
— Fala alguma coisa, filha, você está me deixando desesperada! — Sra. Maria a apressou, com voz ansiosa. — Se você não me contar o que aconteceu, como eu vou poder te ajudar? Se foi culpa do Manuel, eu não vou protegê-lo, pode confiar.
Rosana forçou um pequeno sorriso, quase imperceptível, e disse:
— Eu só quero ficar em silêncio por um tempo.
A Sra. Maria queria continuar perguntando, tentar entender a razão por trás de tanta dor, mas ao encontrar o olhar frio e vazio de Rosana, ela sentiu que nada mais poderia ser dito. Só lhe restou suspirar e sair.
À meia-noite, Manuel ainda não havia voltado. Rosana, sozinha na cama, não conseguia dormir. Desde o dia em que a Sra. Sarah revelou a ela a verdade sobre a falência da família Coronado, Rosana vinha lutando contra a insônia. Não conseguia mais dormir direito, e seus cabelos estavam caindo em grandes quantidades.
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