Manuel sorriu para Rosana e disse:
— Então, me faça um copo de leite, senão, só com esses biscoitos vai ficar muito seco.
Nesse momento, Rosana sentiu que ela e Manuel eram, de fato, um casal comum, vivendo uma vida simples, mas cheia de calor humano. A felicidade parecia estar se tornando cada vez mais real.
Porque o carinho de Manuel por Rosana não era algo dito apenas da boca para fora.
À noite, na cama, Manuel não ousava se aproximar muito de Rosana, com medo de não conseguir controlar o desejo e acabar cedendo à tentação. Rosana até conseguia ouvir, na escuridão, o som mais profundo e irregular da respiração dele.
— Manuel. — Rosana chamou suavemente, se aproximando dele e se aninhando em seu peito. — Você está se controlando com muita dificuldade, não é?
A voz de Manuel saiu baixa e rouca, como se a resposta fosse difícil de sair:
— Você sabe e ainda se aproxima tanto? Não tem medo de eu não deixar nem os ossos de você?
Rosana encostou a cabeça em seu peito e, ao fazer isso, Manu