Rosana não sabia se Manuel e Natacha sabiam que ela estava em perigo.
Mas naquele momento, ela não podia pedir socorro diretamente.
Se ela gritasse, com a emoção e a raiva nos olhos dos pais de Estêvão, era bem possível que realmente a matassem.
Ela respirou fundo e disse, com a voz trêmula:
— Manuel, você está ocupado agora?
Manuel franziu a testa, mas não perguntou de imediato onde Rosana estava. Ele fingiu não saber da situação dela e, com uma calma forçada, respondeu:
— Estou trabalhando. Você não está no trabalho hoje?
Rosana percebeu imediatamente que Manuel já sabia do seu sequestro.
Caso contrário, ele certamente estaria focado no seu noivado e não diria que estava "trabalhando".
Uma sensação de alívio e segurança invadiu o coração de Rosana, mas também um desejo crescente de chorar. Sua voz ficou embargada:
— Manuel, você me ama?
— Eu te amo. — Manuel respondeu, a voz baixa e suave. — Por que está me fazendo uma pergunta tão boba?
Rosana olhou para os pais de Estêvão,