“Parece que eu estava apenas pensando demais. Talvez o Manuel tenha me tratado daquele jeito no passado por ser simplesmente...Ele, um tanto perturbado psicologicamente.”
Desta vez, Rosana conversou muito com o pai, e, finalmente, o tempo que passaram juntos foi consideravelmente mais longo do que da última vez.
Portanto, quando saiu da Prisão da Cidade M, Rosana se sentiu satisfeita.
— Tão longa? — Manuel esticou a mão e apertou levemente a bochecha de Rosana, com uma suavidade em sua voz que ele próprio não percebia. — Agora, tudo o que você queria dizer, já disse?
Rosana sorriu levemente e acenou com a cabeça.
Na verdade, ela se sentia bem mais tranquila do que antes.
Até aquele momento, Rosana carregava uma dúvida constante no coração, receosa de que o pai tivesse ofendido Manuel no passado, ou que entre eles houvesse alguma animosidade.
Mas hoje, Rosana finalmente teve coragem de perguntar diretamente ao pai, e a resposta foi clara: nada disso.
Era perfeito assim.