Assim, Natacha subiu as escadas junto com Rosana.
Elas atravessaram a rua caótica, subiram a escadaria apertada e, por um corredor estreito, finalmente chegaram ao pequeno lar de Rosana. Apesar da confusão do lado de fora, a diferença era gritante ao entrarem; lá dentro, tudo parecia outro mundo.
O pequeno espaço estava decorado com carinho por Rosana, que o mantinha limpo e organizado, de uma maneira que passava uma sensação de aconchego. Ainda assim, o ambiente apertado fez com que Natacha sentisse que Rosana estava se sacrificando demais.
Rosana serviu a ela um copo de leite quente para aquecê-la. Com os olhos marejados, Natacha perguntou:
— Esse advogado que você encontrou... Quanto ele cobra? Rosa, me diga, você está precisando muito de dinheiro agora?
Rosana mordeu levemente os lábios antes de responder:
— Os honorários dele são altos, sim, mas eu já consegui juntar quase tudo.
— Não minta para mim! — Natacha se repreendeu. — Foi um descuido meu, eu deveria ter me preocupado mais