Henrique apertou a foto com os dedos, e eles tremeram levemente.
Em sua mente, surgiu o rosto de um jovem, ainda imaturo, mas já bonito. O garoto, cheio de energia, costumava falar sobre seus sonhos para o futuro.
Mas, e naquele tempo?
Parecia que ele só sabia dar um tratamento frio a Jacó.
Só sabia desferir palavras cortantes, quebrando os sonhos dele.
No entanto, Jacó não se importava nem um pouco, ainda sorria para ele, com a mão descansando sobre seu ombro, dizendo:
“Henrique, se você me deixou assim, tudo bem. Mas no futuro, quando arrumar uma namorada, não pode fazer isso, senão ela vai acabar te deixando, viu?”
Henrique afastou a mão de Jacó.
“Eu sou assim, o que você tem a ver com isso?”
Ele se virou e foi embora, ouvindo Jacó gritar seu nome, mas não olhou para trás.
Henrique fechou os olhos com força, e quando os abriu novamente, seu olhar estava gélido.
Naquele momento, Lúcia entrou, colocando uma xícara de chá ao lado de Murilo, dizendo:
— Já terminaram a conversa de vocês?