Francisco sentiu-se desconfortável.
— Julieta, é assim que você me vê? Como alguém que não distingue o certo do errado?
Julieta sorriu.
Ela queria dizer que sim.
Mas, no final, engoliu as palavras.
Discutir isso agora já não tinha mais sentido.
Francisco levantou-se e foi até ela.
— Fique tranquila, se foi ela mesmo, não vou encobrir.
Julieta não respondeu, e também não alimentou grandes expectativas.
Ela já tinha ouvido promessas semelhantes muitas vezes antes.
Mas o resultado sempre foi decepcionante.
Ela não queria mais descontar sua frustração com Mayara em Francisco.
Afinal, a relação entre eles não obrigava Francisco a tomar partido.
E, de qualquer forma, ele a havia salvado hoje.
— Vamos embora, voltar para o hotel, — disse Julieta, caminhando para fora.
Francisco franziu a testa, seguindo-a, querendo dizer algo, mas sem saber o quê.
Os dois saíram do Itamaraty, um atrás do outro.
Na calma da noite, Francisco sentiu como se houvesse um abismo entre eles.
Aquela distância tornou-