— Quando você arranjou um namorado? — Mal tinha colocado o pé para fora da porta, Yuri me segurou. — Por que eu não fiquei sabendo?
Diante de tantas pessoas, com Lucia ainda presente, corei e tentei me soltar da mão dele:
— O que eu ter ou não namorado tem a ver com você? Meus pais não se intrometem, por que você acha que pode?
— Yuri! — Alfa disse em tom grave, sério. — Solte-a! O que pensa que está fazendo?
Apressei-me a fazer uma reverência aos mais velhos:
— Alfa, Luna, até logo.
Atrás de mim, a voz delicada de Lucia soou:
— Ofina é tão bonita, e está sempre se apresentando no palco como dançarina, é claro que nunca faltam pretendentes ao redor dela... É normal que tenha um namorado, inclusive acabei de ver que havia marcas de beijo no pescoço dela, debaixo do cachecol.
Percebendo que havia falado demais, ela fez uma pausa, um pouco sem graça:
— Embora todas sejamos estudantes de arte, eu faço pintura e ela dança, então nossos temperamentos são um pouco diferentes. Ouvi dizer que a