No dia seguinte eu estava na cozinha, fazendo um brigadeiro caseiro para me acalmar.
Minha tia nunca havia se preocupado em me ensinar a cozinhar, e agora eu sabia o por que, mas eu gostava muito de fazer doces quando eu estava chateada, sem ela saber, é claro. Fazê-los, e principalmente comê-los, me acalmava mais do que qualquer outra coisa e eu precisava aproveitar que meus tios haviam saído mais uma vez.
Ouvi a campainha tocar, desliguei o fogo e fui até a janela para ver quem era.
- Quem está aí? - perguntou Felipe atrás de mim, me dando um susto.
- É o Mateus. - respondi.
Ele ficou sério de repente e foi em direção a porta.
- O que você vai fazer? - perguntei, segurando-o pelo braço.
- Vou fazer ele ir embora.
- Não. Eu falo com ele.
Abri a porta e fui até o portão antes que Felipe dissesse ou fizesse