Malu
— Finalmente você acordou. — meus olhos e minha cabeça estão pesados, mas consigo ouvir perfeitamente essa voz.
— Onde estou? — pergunto meio grogue e com sede.
— Na Rocinha, Malu. — a Maju aparece em minha frente e, olhando ao redor, vejo que estou em um postinho.
— Como assim, na Rocinha? — passo a mão no rosto e sento na maca, totalmente confusa.
— Demos um jeito de te tirar do morro ontem. — responde, sentando na brechinha ao meu lado.
— Mas como? — franzo o cenho.
— Tive ajuda do Grego e do Coringa.
— Não tô entendendo nada, Maju. Eles dois são da mesma laia do Pardal, como aceitaram me ajudar? — constato o que havia pensado, mas permaneço incrédula de isso ter, de fato, acontecido.
— Tu tá errada, Malu. Eles dois não são nada parecidos com o Pardal, que me dá nojo só em tocar no nome desse escroto de merda — ela faz careta, como se realmente estivesse com muita raiva — Apesar de serem bandidos, são completamente diferentes do que pensei e são capazes de qualquer coisa por m