Malu
Naquele momento, eu queria muito parar de sorrir feito uma idiota. Ainda fiquei um tempo encostada na porta, recobrando a consciência de que eu não podia me deixar ser afetada dessa forma pelo Pardal.
— Acho que alguém viu o passarinho verde... — minha sogra me fez sair dos meus devaneios, quando saiu da cozinha, secando as mãos em um pano de pratos.
— Não é nada disso que está pensando. — me recompus e respondi.
— Urrum. Sei... Conheço essa carinha, Malu, não precisa mentir pra mim. A propósito, quem estava aí? — me analisou e meneou a cabeça em direção a porta.
— Anh... Seu filho. — falei sem graça, evitando encará-la.
— E, porque está com essa cara? Acha que vou te dar esporro por causa disso?
— Não, é que... Sei lá, não sei explicar, mas me sinto tão errada. O Pardal sabe que mexe comigo, ele não é bobo, faz essas coisas de propósito. — soltei um longo suspiro e murchei os ombros.
— Vem cá, senta aqui. — chamou e deu dois tapinhas no assento do sofá, após sentar.
Por sorte,