Douglas Henrique.
O som monótono do avião cortava o silêncio desconfortável entre nós três. Sentado à janela, observava as nuvens passarem como borrões. Helena estava ao meu lado, enquanto do outro lado do corredor, Robert parecia mergulhado em seus próprios pensamentos. Sua presença era pesada, quase sufocante.
Meus dedos tamborilavam sobre a perna, inquietos. Como foi que chegamos a este ponto? Como permiti que tudo desmoronasse?
No começo, pensei que o amaria para sempre. Asher tinha algo que me prendia, que iluminava até os dias mais escuros. Mas, com o tempo, aquele brilho começou a se apagar. Não nele, mas em mim. Meu coração já não vibrava como antes, mas não tive coragem de admitir. Deveria ter sido honesto, deveria ter terminado. Em vez disso, escolhi o pior caminho possível.
Fechei os olhos, tentando afastar as memórias. No início, minha aproximação com Helena parecia inofensiva. Ela estava fragilizada, lidando com o colapso do casamento, e eu… eu estava cansado. Meu relaci