Patrícia lavou as mãos e saiu da sala de autópsia, seguida pelos dois filhos:
— Mamãe, tio...
— Eu já sei, podem ir brincar.
Os olhos de Patrícia exibiam uma preocupação sutil, ela tinha a sensação de que a presença de Fabiano ali não era coincidência.
Desde que ela foi embora, Teófilo nunca mais apareceu, nem havia notícias dele.
À medida que o dia de sua partida se aproximava, Patrícia se sentia cada vez mais inquieta.
Teófilo havia concordado em deixá-la em paz apenas porque ela ainda estava na ilha, um lugar onde ele podia vê-la.
Se ele soubesse que ela estava de partida, certamente não a deixaria em paz.
O olhar de Patrícia pousou na porta do quarto de Luciana, sem saber se Fabiano a levaria embora.
Se Luciana voltasse, sua situação seria pior do que antes, afinal, Teófilo a amava desde o começo.
Mas Fabiano era diferente, nos olhos dele, Luciana era apenas um objeto, nunca daria a ela um status legítimo, mesmo que tivessem filhos. Luciana ainda seria vista como uma amante desprez