Joyce apontava para a pequena figura no desenho e explicava:
— Mamãe, tio, irmão, eu, uma família.
Patrícia comprimia apertava os lábios, abria a boca, mas não encontrava palavras para explicar para a criança a complexidade das relações familiares.
Essa era uma realidade com a qual muitas mães solteiras no mundo se deparavam, e Patrícia não era exceção.
Depois de hesitar por um longo tempo, ela finalmente disse:
— Joyce, o tio é o tio. Sua mãe e vocês são uma família. O tio está aqui para nos proteger, como um padrinho. Ele só pode ficar conosco por um tempo, e um dia, quando chegarmos ao nosso destino, ele terá que partir.
A criança, sempre tão obediente, começou a fazer birra ao ouvir essa explicação:
— Não quero! Não quero que ele vá embora! Gosto do tio.
— Sim, eu sei que você gosta, mas Joyce, você ainda vai conhecer muitas pessoas. Nem todas podem ficar conosco com a gente até o final. O tio também tem seu trabalho e suas próprias coisas para fazer. Ele não pode ficar ao seu lad