Antes, Ivone ainda conseguia encontrar desculpas, mas agora, o olhar de Natacha para ela era como se visse um estranho, pior que um estranho, como se Ivone fosse sua inimiga.

"Como pode a mãe que tanto me ama olhar para mim com olhos tão frios?"

Incrédula, Ivone exclamou:

— Mãe, o que você disse? — Natacha, sem vontade de prestar atenção, estava prestes a sair, quando Ivone, percebendo que ela iria embora, se apressou em dizer. — Mãe, estou com muita fome.

— Uma pessoa tão cruel como você merece morrer de fome.

Natacha pegou rapidamente o prato de macarrão e saiu, não para o quarto nem para o escritório de Jorge, e Ivone não entendia para quem ela estava preparando aquele prato.

Entrando em pânico, Ivone insistiu para sair, mas com as ordens de Salvador, as pessoas lá fora estavam mais vigilantes do que antes, e ninguém a obedecia como antes.

— Srta. Ivone, desculpe, você não pode sair agora.

Olhando para a neve pesada lá fora, Ivone sentiu que algo estava mudando e ficou muito preocup