No corredor, restavam apenas três pessoas: Salvador, sentado ereto, com as mãos sobre os joelhos.
Um vento frio soprava pelas janelas no final do corredor, mas ninguém se movia, a atmosfera era tão gelada quanto o ar.
Salvador disse friamente:
— Este ataque resultou de uma traição interna.
Teófilo concordou:
— Eu também suspeitava disso. Caso contrário, ninguém teria conseguido ferir o mestre.
O olhar incisivo de Salvador percorreu os rostos dos dois homens:
— Se eu descobrir que foi alguém de dentro, essa pessoa sofrerá terrivelmente.
Era evidente que ele estava alertando Teófilo e Lorenzo.
Com as mãos para trás, Teófilo não se intimidou com a suspeita e enfrentou Salvador:
— Então, você suspeita de mim?
Salvador, com um tom significativo, respondeu:
— Não suspeito especificamente de vocês, mas todos são suspeitos, sinceramente, espero que nenhum de vocês seja o culpado.
Nos últimos tempos, as lutas entre Teófilo e Lorenzo tinham se tornado explícitas, com ambos se atacando mutuamen