O recomeço da dor
A tempestade estava cada vez mais forte e o dia parecia não chegar nunca. Eles passam a maior parte do tempo deitados, das poucas vezes que levantam procuram amparar Pietro, que está cada vez pior, embora não sinta dor devido às altas doses de analgésicos e de sedativo que Fabricio lhe dá.

- Ei, a luz voltou de novo, irei colocar a caixa para encher.

- Vai com cuidado, Dreik.

- Eu irei limpar as coisas.

- Certo, eu vou limpar o rosto dele. Aproveitar que posso enxergar bem.

- Acho que irei buscar lenha.

- Não, Dreik! Sua mão, pode pegar alguma sujeira.

- Você tem razão!

- Temos muita lenha ainda. Se a chuva não parar, eu busco.

- Dreik, deixe-me ver como está sua mão!

- Espere, eu quero ver também!

- Acho melhor você continuar aí, pode faltar luz novamente, e tem muito que fazer ainda! Ele vai aí e te mostra.

- Está bem.

Por um momento, o silêncio tomou conta do ambiente.

- Nossa, você fez um trabalho muito bom mesmo! Olhe.

- Deixe-me ver... Acho que ficou bom, sim. Não
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