Qualquer pessoa normal já teria reagido imediatamente. Enquanto isso, Nelson, que no início sentiu medo, agora estava completamente calmo. Ele começava a pensar em um plano: precisava encontrar um momento para marcar um encontro com Alana. Afinal, essa poderia ser uma grande oportunidade. Com Diego tendo falhado em sua tentativa de conquistar Alana, Nelson enxergava uma brecha perfeita para agir. Ele sabia que, enquanto a carreira de Alana estava em ascensão, aquele era o momento ideal para se aproximar dela. Se conseguisse conquistá-la, teria tanto o dinheiro quanto os recursos dos projetos dela. Isso significava que ele poderia finalmente deixar de se sentir tão insignificante em casa. Quanto a Liz, Nelson acreditava que, uma vez que tivesse dinheiro e controle sobre os projetos de Alana, resolver qualquer coisa com ela seria muito mais fácil. Apertando o volante com força, Nelson tinha cada vez mais clareza sobre seus objetivos. Conquistar dinheiro e projetos era apenas o
No Rolls Italiano.Nelson havia reservado um dos salões privados e, naquela noite, ele tinha se produzido com muito cuidado. Nelson, que já tinha uma boa aparência, parecia ainda mais elegante e impecável. Seu visual estava mais refinado e apresentável do que o habitual, dando a ele um ar mais confiante. Assim que Alana chegou, percebeu essa diferença imediatamente. Ao cruzar o olhar com Nelson, que a encarava com um brilho intenso nos olhos, ela sentiu um desconforto crescente e teve vontade de sair dali. Nelson estava estranho. Alana, que tinha ido sozinha ao encontro, já começava a se arrepender de ter aceitado o convite. Os olhos de Nelson brilharam de alegria ao vê-la.— Alana, você veio! O tom de sua voz deixava evidente a empolgação, algo que Alana notou de imediato.— Sim, eu vim. O que você quer comigo? — Respondeu ela, claramente desconfortável.— Quero jantar com você. — Disse Nelson, tentando soar casual.Ele estendeu a mão, como se quisesse segurá-la, mas Alana d
— Eu não vim aqui hoje para falar sobre essas coisas com você, Nelson. Você sabe disso. — Disse Alana, interrompendo friamente as palavras dele.Nelson tentou mudar de assunto, mas Alana estava decidida e não lhe deu nenhuma chance.Sem alternativa, Nelson acabou dizendo a verdade: — Alana, eu só quero me reconciliar com você. Qual é o problema nisso? Ao ouvir essa frase, Alana ficou sem palavras por um momento. — Como assim, qual é o problema? Você acha que não fez nada de errado, não é? Nelson respondeu com confiança: — E o que eu fiz de errado? Ele acreditava que não havia problema algum em perseguir alguém que gostava, mesmo que seu objetivo principal fosse o benefício próprio. Afinal, na visão dele, todos agem por interesse próprio, e ele não era diferente. Para Nelson, isso era perfeitamente justificável. Com esse pensamento, sua confiança só aumentava. Alana observou a atitude dele e ficou sem saber o que dizer. Como era possível que Nelson ainda estivesse tão co
Alana não queria nem um pouco estar no mesmo lugar que aquele lixo. — Agora você nem me chama mais de cunhado? — Nelson perguntou, com um sorriso incômodo. Nelson às vezes achava seus próprios pensamentos estranhos. Ele queria que Alana o respeitasse, mas ao mesmo tempo desejava estar com ela. Esse conflito interno, por vezes, o atormentava. No entanto, naquele momento, ele tinha um único objetivo claro: fazer Alana ficar com ele. Alana riu, sem conseguir se conter:— Você não acha que o que diz é contraditório? Por um lado, diz que gosta de mim. Por outro, quer que eu te chame de cunhado?"Que tipo de idiota sem cérebro é esse cara?" Pensou ela, com desdém. Nelson também percebeu que estava sendo incoerente. Suas palavras soaram estranhas até para ele, mas o que estava dito, estava dito. Voltar atrás agora só faria parecer que ele não sabia o que queria. — Não importa o que seja, o que eu sinto por você é verdadeiro. — Nelson respondeu, encarando-a com um olhar profundo, ten
Os dois olharam na mesma direção e viram Liz, com o rosto cheio de raiva, acompanhada por sua fiel seguidora, Rebeca.Alana arqueou levemente as sobrancelhas e, instintivamente, olhou para Nelson enquanto pensava:"Será que isso é uma armação dessas duas? Como pode ser uma coincidência tão grande assim?"Não era só a presença de Liz. Era o fato de ela aparecer exatamente naquele momento, com Rebeca ao lado, exigindo explicações sobre o que seu namorado estava fazendo com outra mulher. A cena inteira parecia ter saído de um roteiro clássico de traição, onde a esposa ou namorada descobre tudo. Por isso, Alana achou tudo muito conveniente. Mas, no segundo seguinte, percebeu que talvez estivesse enganada.— Liz... O que você está fazendo aqui? — Perguntou Nelson, sua voz revelando mais nervosismo do que ele queria demonstrar.Nelson estava ainda mais tenso do que Alana. Ele temia ver Liz naquele lugar. "Droga", pensou ele. "Por que ela tinha que aparecer justo agora?" Ele nem sequer havi
Às vezes, Alana usava as mesmas estratégias que aplicava contra rivais no mundo dos negócios. Ela não demonstrava um pingo de misericórdia. Nelson estreitou os olhos enquanto encarava o celular de Alana. — Alana, sua vadia! Você não tem moral alguma! Suas táticas são desprezíveis! — Gritou ele, com a voz cheia de raiva. Ele nunca imaginou que Alana também tivesse gravado um vídeo dessa vez. Por mais que ele fosse experiente e já tivesse enfrentado situações semelhantes, ser pego de surpresa novamente o deixava profundamente desconfortável. Alana arqueou uma sobrancelha e respondeu com desdém: — No mundo dos negócios, esse tipo de coisa não é comum? Além disso, para lidar com alguém como você, eu realmente preciso de estratégias sofisticadas? Ela lançou um olhar de desprezo para Nelson, avaliando-o de cima a baixo. Não conseguia acreditar que ele, mesmo diante de Liz e de tantas pessoas, ainda tinha a audácia de usar palavrões contra ela. Nelson sempre foi obcecado por sua r
Rebeca não conseguiu evitar criticar a si mesma em pensamento: "Por que eu sou tão covarde assim? No final das contas, estávamos em público. Alana não ia me engolir ali, não é?"Liz, ao perceber a expressão frustrada de Rebeca, lembrou-se de como ela havia agido no salão momentos atrás.Para Liz, Rebeca era realmente um caso perdido. Sempre que enfrentava Alana, tornava-se completamente inútil, incapaz de dizer qualquer coisa ou de se impor. No final, só servia para que os outros rissem delas.Se Liz não tivesse algum uso para sua "pequena seguidora", com certeza já teria se livrado dela. Rebeca era um peso morto e, muitas vezes, acabava estragando seu humor. No entanto, em certas situações, ela ainda era uma "faca" bastante útil.Como agora, por exemplo. Rebeca estava encarregada de carregar as sacolas de compras, poupando Liz de ter que se prestar a esse trabalho. Na prática, Rebeca era como uma criada que sabia elogiar e agradar.Rebeca, ainda cheia de indignação, perguntou:— Liz,
A verdade era que o Grupo Alves estava indo bem e, por isso, todos os parentes distantes queriam se aproximar para tirar proveito da situação.Liz afirmou com confiança:— Mamãe, pode deixar essa festa comigo. Fique tranquila, eu garanto que será tão boa quanto as anteriores. Laura sorriu, satisfeita:— Com uma filha tão dedicada como você, o que mais eu poderia pedir? Não se preocupe, organize tudo do seu jeito, como sempre faz. Não precisa prestar atenção em detalhes que não importam. Laura já havia entendido como lidar com os parentes da família. Bastava oferecer a eles pequenas oportunidades de colaboração, algo que não demandasse muito esforço. Afinal, essas pessoas raramente contribuíam com algo significativo, mas, nos momentos importantes, eram sempre as primeiras a aparecer. Liz assentiu, aceitando todas as instruções. Ela decidiu guardar as queixas que pretendia fazer sobre Alana para o jantar da família. Planejava expor tudo durante a festa, na frente de todos. Dessa