Capítulo 5
Aos poucos fui voltando à consciência quando um barulho insistente de batidas na porta me invadiu os ouvidos. O estrondo era tão violento que parecia ecoar pelo quarto e atravessar o corredor.

Contudo, eu estava tão grogue que, ao tentar levantar da cama, meus membros pareciam ter esquecido como funcionavam. Só quando a fechadura voou no chão com um baque seco é que eu acordei de vez.

Quem seria? Os sequestradores? Ou o próprio Luiz? Dei uma olhada rápida à procura de algo para me defender, mas o quarto estava mais vazio que bolso de mendigo.

Me arrastei escada abaixo, mas na correria pisou errado nos últimos degraus e capotei.

— Ângela! — Uma voz nítida e cheia de preocupação gritou.

Quando ergui a cara, vi Edson segurando uma sacola de supermercado, todo suado e com a respiração pesada. Correu para me ajudar a levantar.

— Você está bem?

Ainda meio zonza, nem tinha processado direito.

O chaveiro lá fora já tinha trocado a fechadura na velocidade da luz, guardando as ferramentas na m
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