POR LINCY
O restante da busca pela madrugada foi um misto de gritos e silêncio. Embora quase não trocássemos palavras, meus pensamentos gritavam contra mim o tempo inteiro. O que deu em mim? Como pude deixar aquele idiota me beijar?
Evitei Alister ao máximo depois daquilo, mas, a cada vez que ele encostava levemente em mim, eu me lembrava daquela tragédia. Se ao menos o beijo dele não tivesse sido tão bom... Que droga!
— Aonde estás indo? — perguntou ele. O sol já despontava no céu e, enquanto todos se dirigiam para a refeição matinal, eu subia a escada em direção ao quarto.
Não o respondi. No que dependesse de mim, eu não falaria com ele nunca mais. Na pressa, acabei esbarrando em alguém no segundo andar. Suas mãos seguraram meus braços com gentileza, e ergui o olhar, suspirando de alívio ao reconhecer quem era.
— Ei! Bom dia! — O sorriso amistoso de Lunester se desfez ao ver a seriedade no meu rosto. Eu não conseguia disfarçar minha indignação. — Está tudo bem?
— Sinto muito! — afas