Quando Miguel chegou ao Jardins da Serra, Luiza já estava dormindo.
Ele entrou no quarto, se sentou à frente da cama e levantou o longo cabelo dela; o lado direito do seu rosto estava inchado, e até aquele momento ela não havia aplicado nenhum medicamento.
Com um semblante preocupado, se levantou para buscar a pomada e a aplicou delicadamente na bochecha dela.
Luiza, num sono agitado, tentou levar a mão ao rosto, mas Miguel a deteve:
- Não pode remover.
Ao despertar, Luiza viu os traços belos dele, cada detalhe de seu rosto era tão perfeito que parecia esculpido à mão, impossível desviar o olhar.
Por um instante, se esqueceu de como reagir, ficando apenas a observá-lo atentamente.
Miguel sorriu:
- Durma bem, não toque no rosto, acabei de passar a pomada, não a remova.
- Como você veio parar aqui?
- Eu sabia que certamente você não aplicaria a pomada, então vim para ficar de olho. - Sob a luz do abajur, sua voz era macia, assim como seu olhar.
O coração de Luiza apertou.
Embora tivesse