Ao deixar Viviane na porta da Universidade, Fernanda reforçou mais uma vez:
— Cuida bem de você e do bebê, tá?
Em seguida, disse ao motorista:
— Podemos ir agora.
Sentada no banco de trás, Fernanda olhou para a echarpe feia ao seu lado e não conseguiu evitar torcer o nariz.
Quanto mais olhava, mais desgosto sentia. Não resistiu e jogou a echarpe no chão do carro, retirando rapidamente a mão como se tivesse tocado algo desagradável.
Ao lembrar de Viviane, Fernanda suspirou. A garota tinha uma aparência comum, sem muito destaque. Se quisermos ser gentis, podemos dizer que é ‘delicada’, mas, na verdade, ela é apenas ‘sem classe’.
Mais uma vez, o olhar de Fernanda se fixou naquela echarpe de rosa-choque, de gosto rústico e antiquado.
Não importava o quanto fosse bem embalada, não dava para disfarçar a qualidade ruim. Claramente, quem vem de uma família simples tem seus limites.
Ao lembrar dos presentes que Júlia sempre lhe dava: echarpes de seda, joias, bolsas, todas elegantes e cuidadosam