LORENZO
O dia seguinte amanheceu com o sol encoberto por nuvens pesadas, como se refletisse o turbilhão de pensamentos na mente de Lorenzo. Ele estava sentado na biblioteca da mansão de sua família, rodeado por móveis luxuosos e livros antigos que haviam pertencido a gerações de mafiosos antes dele. Mas o peso que carregava não era o dos livros ou das expectativas históricas — era o ultimato de sua família.
Naquela manhã, seu pai, sr. Marino convocara uma reunião familiar para discutir a competição. A mensagem era clara: Lorenzo tinha uma semana para escolher sua noiva.
Quando entrou na sala, acompanhado pela matriarca, Isabel, o silêncio foi imediato. A presença deles era imponente, quase sufocante.
— Lorenzo, já se passou tempo suficiente — disse Enrico, com a voz grave e autoritária. — A decisão precisa ser tomada.
— Eu sei — respondeu Lorenzo, contendo a irritação que ameaçava transparecer. — Estou considerando todas as opções.
Sra. Moreno o encarou com um olhar crítico