Ellen
— Desde quando ela está aqui? — pergunto quando ele estaciona em frente a um hospital.
— Tive que trazê-la há dois dias, ela não estava muito bem.
Queria lhe perguntar mais, porém, uma enfermeira surge e logo somos levados para dentro de um consultório.
— Bom dia, Doutor Santana, como ela está? — A feição do médico me diz que as notícias não são boas e o meu coração se aperta dentro do meu peito.
— O câncer já está bem avançado, Senhor Carter e os medicamentos já não estão surtindo efeito. — Vejo Daniel desmoronar bem diante dos meus olhos e imediatamente seguro nos seus ombros para confortá-lo. — Sugiro que vá vê-la agora e que converse um pouco com sua mãe. Faça-a sorrir o quanto puder. Ela precisa saber que você está bem para poder partir em paz. — Impulsiva o puxo para os meus braços quando ele inicia um choro compulsivo.
— Eu sinto muito, querido! — sussurro tentando ser forte por ele. — Mas você precisa ser forte agora.