No beco escuro na fronteira do País M.
— Corram, não deixem ela escapar!
No beco deslumbrante de depravação, onde, mesmo após a meia-noite, as luzes continuam a brilhar intensamente, criando um espetáculo de cores e brilhos.
Naquele momento, um grupo de dez homens vestidos de preto estava perseguindo uma jovem de corpo esbelto.
— Malditos, querem morrer?
Ao perceber que estava sendo implacavelmente perseguida, a jovem parou e levantou um bastão de ferro com mais de um metro de comprimento.
— Entregue o que você pegou.
Em um piscar de olhos, os homens com expressões ferozes cercaram-na por todos os lados.
— Querem? Venham pegar!
A jovem usava o capuz de seu moletom preto, escondendo suas expressões faciais, mas sua voz causava calafrios.
O sangue escorria pelo braço, ela havia levado um tiro no braço e precisava resolver a situação rapidamente.
— Você, vá revistá-la.
O homem com cicatriz no rosto, que parecia ser o líder, deu a ordem ao rapaz de cabelo amarelo que estava ao lado.
O rapaz de cabelo amarelo hesitou, aquela mulher era realmente implacável.
Quando lutava, parecia que não tinha medo de nada.
— Rápido!
O rapaz loiro teve que se aproximar, mas antes que conseguisse chegar perto da jovem, a bastão de ferro em suas mãos já havia acertado a parte de trás de sua cabeça.
— Todos, ataquem!
O homem à frente entrou em pânico imediatamente.
Os olhos da jovem estavam cheios de loucura, e ela atacava sem qualquer piedade.
No entanto, aquele grupo já a perseguia há mais de três horas, e ela estava começando a ficar sem forças.
Depois de derrubar um homem de quase um metro e oitenta com o bastão de ferro, ela acertou um chute nas pernas de outro homem, que era quase um metro e noventa.
O homem imediatamente caiu no chão, segurando a parte inferior do corpo e gemendo de dor.
Percebendo que era o suficiente, a jovem não prolongou a luta.
Com um giro rápido, entrou em outro beco.
Ela estava no limite depois que perdeu muito sangue mas não deixaria aqueles homens ficarem com o que tinham vindo buscar.
Antes que eles pudessem alcançá-la, a jovem jogou o bastão de ferro fora e tirou o moletom preto.
Uma regata preta revelou a silhueta perfeita da garota.
Ela caminhava rapidamente para frente enquanto tirava o elástico do cabelo, balançando a cabeça para soltar suas longas madeixas, que caíam graciosamente sobre seus ombros.
No instante seguinte, ela entrou diretamente no bar mais famoso do beco escuro, chamado Sedutor.
O grupo de homens de preto chegou correndo, mas parou na entrada do Sedutor, sem se atrever a entrar.
Embora fosse apenas um bar, o chefe por trás do Sedutor era alguém com quem eles não podiam se meter.
Dizia-se que o chefe do Sedutor era tão poderoso que até mesmo os líderes do País M tinham que respeitá-lo.
— O que faremos?
— Vocês, fiquem de guarda do lado de fora. E vocês, venham comigo. Mesmo estando dentro do bar Sedutor, eles tinham que mostrar algum respeito pelo Zeca.
No meio da madrugada, o Sedutor ainda estava em festa, e ninguém notou a jovem que havia entrado abruptamente.
Logo depois, o homem com cicatriz e alguns outros também entraram.
Ela rapidamente empurrou a porta de um dos camarotes e entrou.
O camarote estava escuro, e Vitória Neves encostou na porta, estava exausta após três horas de uma batalha feroz.
No momento seguinte, ela percebeu o perigo se aproximando.
Ela tentou se esquivar rapidamente, mas, no instante seguinte, foi capturada por um homem alto, que segurou os seus braços e os prendeu acima de sua cabeça com apenas uma das mãos.
— Solte-me.
Vitória estava furiosa.
— Quem te mandou vir aqui?
Mesmo que estivesse completamente exausta, a jovem percebeu que aquele homem era extremamente perigoso.
— Senhor, desculpe, achei que este camarote estivesse vazio. Desculpe incomodá-lo, eu já estou de saída.
Naquele momento, não era sensato confrontá-lo diretamente, então ela adotou um tom mais suave.
No entanto, o homem continuou segurando firmemente seus braços.
— Senhor, eu realmente não sabia que você estava aqui. Você está me machucando.
A voz suave e aveludada da jovem provocou o desejo que o homem mal conseguia reprimir.
— Suma daqui.
No escuro, não dava para ver a expressão do homem, mas pelo tom de sua voz, Vitória percebeu que algo estava errado.
Será que ele havia sido drogado?
Afinal, aquele era o Sedutor, e dentro daquela bar, qualquer coisa poderia acontecer.
Vitória só queria se afastar daquele homem perigoso. Quando estava prestes a abrir a porta para sair, avistou o homem com cicatriz do lado de fora.
Vitória então se viu forçada a fechar a porta do camarote novamente.
—Vai continuar aqui?
Ele já havia dado uma chance a ela; caso ela não saísse, ele não se responsabilizaria com o que estava prestes a acontecer.
— Chefe, tem barulho vindo de dentro.
Ao ouvir as vozes do lado de fora, e percebendo que estavam prestes a arrombar a porta, Vitória rapidamente empurrou o homem contra a parede e, no segundo seguinte, o beijou diretamente nos lábios.
— Mmm...
O homem não esperava que aquela mulher fosse tão audaciosa a ponto de o beijar à força.
Encostada no peito dele, Vitória sussurrou em seu ouvido:
— Ajude-me, por favor, eles estão tentando me capturar.
— E por que eu deveria te ajudar?
A voz do homem estava desprovida de qualquer emoção.
Uma adaga foi pressionada contra o peito dele.
O homem curvou os lábios em um sorriso, pensando: "Que audácia dessa mulher, atrever-se a ameaçá-lo?"
Nesse momento, a porta do quarto foi aberta com força, e encostada no abraço do homem, a jovem não soltou a adaga..
O homem com cicatriz entrou com seus comparsas e se deparou com uma cena bastante provocante.
Embora só pudessem ver as costas da garota, apenas o contorno de suas omoplatas já era suficiente para fazer o sangue deles ferver.
Além disso, o longo cabelo preto, caia sobre sua pele clara, deixando qualquer um prestes a perder o controle.
— Saia!
O homem abraçou a cintura fina de Vitória. Embora ela fosse implacável em suas ações, seu corpo era tão macio que despertava nele o desejo de quebrá-la.
Ao ouvir o barulho, o gerente do bar Sedutor veio imediatamente.
— Sr. Ângelo, desculpe-me, vou mandar tirar essa pessoa imediatamente.
Naquele momento, a testa do gerente estava coberta de suor frio. O Sr. Ângelo nunca gostava que mulheres se aproximassem dele, e na ocasião, aquela mulher ousava abraçá-lo.
O gerente pediu aos seguranças do Sedutor que tirassem a mulher, mas antes que pudessem tocá-la, foram dissuadidos por um olhar do Sr. Ângelo.
— Jogue esses homens para fora. — Disse o homem friamente.
— Sim, Sr. Ângelo.
Os seguranças do Sedutor avançaram imediatamente.
— Sr. Ângelo, nós somos do Zeca. — Falou o homem com a cicatriz no rosto, tentando se proteger mencionando seu chefe.
— Zeca? Quem é esse lixo? Joguem esses homens para fora agora. — Respondeu Sr. Ângelo.
O homem com a cicatriz tentou resistir, mas os seguranças do Sedutor não eram pessoas comuns. Eles sacaram suas armas e as apontaram para o homem com a cicatriz, jogando todos para fora.
Ao ver a situação, o gerente discretamente fechou a porta da sala privada para o cliente do bar.
Quando viu o homem com a cicatriz sendo jogado para fora, Vitória suspirou de alívio. Naquele momento, ela estava realmente exausta.
— Obrigada.
De qualquer forma, aquele homem havia ajudado ela.
No instante seguinte, a adaga foi tirada pelo homem que usou apenas as mãos.
— Eu te ajudei, não acha que também deveria me ajudar? — O homem sussurrou enquanto mordia sua orelha.
— Como você quer que eu ajude?
— Você acabou de me beijar à força, não seria justo se eu beijasse você de volta?
— Sr. Ângelo, que tipo de mulher você deseja? Eu vou sair agora mesmo e buscar uma para você.
Vitória queria empurrar o homem e sair daquele compartimento perigoso, mas não conseguia movê-lo de jeito nenhum.
— Sr. Ângelo, você...
— Eu só quero você.
O homem começou a lembrar do beijo que a mulher lhe deu. Tanto os lábios quanto o corpo dela eram muito macios.