No caminho de volta para casa, Vinícius folheava atentamente o laudo médico que sua secretária acabara de entregar.
Ele leu a frase "trauma leve, sem qualquer anormalidade nos órgãos nem nos ossos" umas seis ou sete vezes antes de finalmente sossegar.
Letícia, ao lado, pegou o laudo com leveza e o jogou na bolsa, falando num tom despreocupado.
— Eu te falei que estava tudo bem. Você fez questão de me levar pra fazer os exames hoje de manhã. Agora pode ficar tranquilo, né?
— Só fico em paz quando vejo o resultado com meus próprios olhos. Foi só uma questão de tempo a mais.
A justificativa fazia sentido. Letícia assentiu, mas logo se lembrou de algo importante.
— Quando foi que você pegou as imagens da câmera da casa do Isaac?
— Hoje de manhã.
Vinícius respondeu sem hesitar, o que deixou Letícia um pouco confusa.
— E ele não ficou sabendo?
— Ele não precisa saber. No fim das contas, todos os bens dele passam por mim: casa, carro, ações... sem exceção.
Ao ouvir aquilo, um pensamento estra