A história de Maya é repleta de reviravoltas e emoções intensas! Dividida entre o desejo de proteger sua herança e o ressentimento que sente por Danilo, ela enfrenta um dilema difícil. Enquanto lutava para reconstruir sua vida após a traição de sua irmã, ela descobre que a chave para resolver seus problemas pode estar em suas mãos, ao se unir ao homem que tanto despreza. Enquanto se prepara para o casamento arranjado, Maya deve confrontar seus sentimentos contraditórios. Quem é realmente Danilo? Um vilão buscando vingança ou alguém que esconde uma faceta mais vulnerável? A tensão entre eles quase palpável, suas interações são carregadas de alfinetadas e olhares cheios de significado. À medida que o relacionamento avança, Maya começa a perceber que a linha entre amor e ódio pode ser extremamente tênue. Sua luta interna se intensifica quando começa a se perguntar se a vingança de Danilo é realmente justificada, ou se ele também é uma vítima das circunstâncias. Com um filho a cuidar e a pressão de salvar sua herança, Maya terá que tomar decisões difíceis que afetarão não apenas sua vida, mas a de Justin e o destino de sua família. Por fim, a história pode explorar temas como perdão, redenção e o que realmente significa amar alguém quando o passado pesa tanto. O que começava como um plano pragmático pode se transformar em uma oportunidade de cura e, quem sabe, um novo começo. Assim, Maya e Danilo podem descobrir que o relacionamento deles pode desdobrar-se em algo mais profundo do que a mera vingança ou a busca por dinheiro e status. É uma jornada de autodescoberta que pode levar ambos a enfrentarem seus demônios pessoais e redefinirem o que desejam para o futuro.
Ler maisMaya entrou apressada no enorme edifício espelhado.
O som dos seus saltos soavam alto no assoalho preto brilhante. Passou os olhos pelo relógio rapidamente e percebeu que já estáva quase na hora do almoço. — Merda! — Praguejou baixo. Corria um enorme risco de não conseguir falar com o todo poderoso, arrogante e galinha senhor Bukaiter! Subiu até ao andar indicado e passou ligeira pela secretária direto à porta do escritório. Coloca a mão na maçaneta para a abrir e atrás dela ouve a voz desesperada da secretária — A senhora não pode entrar aí, aguarde eu anunciar… Maya não conseguiu evitar um gritinho quando viu a cena! Corou violentamente e se encaminhou pra saída, puxando a porta. Ouviu Danilo gritando para que ela esperasse que ele a atenderia. Danilo soltou um "merda" em alto e bom som quando foi interrompido. Depois que ela fechou a porta novamente, saiu de entre as pernas de Alícia e começou a se ajeitar. Estava furioso. Não só por ter sido impedido de liberar seu stress, mas porque seu primeiro plano para Maya foi por água abaixo. Danilo pensou bastante no encontro que tiveram, e foi obrigado a admitir que a mocinha parecia ter fibra! Mesmo assim, também parecia que havia uma tensão sexual entre eles que ele nunca sentiu com nenhuma outra mulher. Ele precisava de toque, de estímulo visual e suas amantes sabiam disso. Mas com Maya, não tinha nenhum estímulo. Pelo contrário, discutiram todo o tempo em que se conheceram porque ele foi um escroto com ela e o menino. E mesmo assim, ele sentia uma fisgada no saco em imaginar a boca dela. E achou que isso se devia ao fato de ela parecer tensa, sexualmente falando. Estava na cara que ela não tinha uma boa sessão de sexo há muito tempo! Então ele planejou que iria seduzir ela, dar o que os dois estavam precisando e manter o dinheiro dela longe dos seus planos. E a cena que ela acabava de presenciar jogou no ralo tudo isso! Seduzir a mocinha que não parecia tão indefesa, estava fora de cogitação. Ele teria que pensar em algo e rápido, porque ela entraria assim que Alícia saísse por aquela porta. Olhou pra Alícia que estava sentada sobre sua mesa, pernas abertas, intimidade exposta, sem se mexer. — Está vendo porque eu digo que você não pode vir até aqui? É meu local de trabalho, porra! Esperei essa moça a manhã inteira e você tirou meu foco. Essa reunião é muito importante! — Ah, todo grande CEO recebe suas mulheres para uma rapidinha durante o expediente. — Se apresse a ir embora, Alícia. Por favor. Eu não sou um grande CEO, sou um enólogo resolvendo alguns assuntos burocráticos. E você não é minha mulher! Alícia saiu de cima da mesa, desceu a saia que estava suspensa, se ajeitou e colocou a bolsa no ombro de volta. Fez um biquinho, perguntando toda manhosa: — Está bem. Mas você vai me ver hoje, pra terminarmos o que começamos aqui? Danilo revirou os olhos. Odiava mulheres que não se valorizavam. Mas o que ele estava querendo? Só se envolvia com esses tipos! Precisava de um jeito de se livrar de Alícia, que estava ficando inconveniente. Teve uma idéia, ousada e absurda. — Não, Alícia. Isso entre nós acaba aqui e agora. Eu vou me casar e não pretendo ser infiel a minha esposa. — Faça-me rir, Danilo Bukaiter. Vai se casar com quem, se há muito tempo não tem outra mulher que não eu? Danilo se amaldiçoou mentalmente por isso. Estava tão ocupado pensando em formas de atacar os Dawson, que não tinha tempo para ir a caça. Alícia estava sempre à disposição, fácil. Então ele meio que se acomodou a sair com ela há algum tempo. Se arrependeu por isso, pois deu falsas esperanças a ela, que começou a acreditar que ele iria assumir compromisso com ela, mesmo que eles nunca sejam vistos em público, ele não a leve em nenhum evento social, nem pra dançar, passear ou sair. É apenas sexo, entre quatro paredes. E mesmo assim ela achou que estavam namorando! E agora se achava com propriedade sobre a vida dele pra saber que ele estava blefando. Não tinha uma noiva, nem nenhuma pretendente. Como podia dizer que iria se casar? Mas uma idéia mais absurda ainda começou a se formar na cabeça dele, que resolveria dois problemas de uma única vez. — Com ela! E apontou pra porta de saída. Alícia começou a rir. — Com a loirinha sem sal caipira? Que acabou de presenciar você no meio das minhas pernas? Danilo fechou a cara na mesma hora. Não gostou de ouvir ela falando assim de Maya, e nem sabe porque. Aliás, sabia sim. Maya podia ser uma mulher sem vaidade, apenas com um gloss na boca, sem maquiagem, cílios ou unhas postiças. Usava camisa xadrez vermelha com preto, por cima de uma regata preta, calça jeans e botas sem saltos. No dia do aeroporto, também estava sem maquiagem, vestida simples e a vontade e Danilo achava que isso foi o que encantou na Dawson que não era sua irmã. Mas Alícia não a conhecia, a viu por um minuto e já fez um pré julgamento dela, sem saber que ela era dona da vinícola mais importante da cidade por herança, e da Adega mais badalada do país por capacidade. — Você respeite minha noiva. Não sabe quem ela é ou o tipo de relação que nós temos. Você vai sair daqui com elegância ou vou precisar chamar os seguranças pra te tirar ridicularizada? — Você vai se arrepender, Bukaiter. Não sou mulher para você usar e jogar fora. Alícia saiu, deixando a porta aberta. Na recepção, mediu Maya de cima a baixo, fuzilando aquela coisinha sem sal com o olhar. Maya não entendeu nada, mas desconfiava que a moça ficou furiosa porque ela atrapalhou as coisas entre os dois. Deu de ombros e corou novamente, se lembrando de toda a extensão do membro de Danilo Bukaiter, se preparando para entrar naquela moça. Sem perceber, mordeu os lábios, pensando que também ficaria furiosa se estivesse prestes a receber tudo aquilo e alguém atrapalhasse. Sentiu o rosto pegar fogo com o pensamento e viu a secretária avisando que ela poderia entrar. Quando adentrou a sala de Danilo novamente, do jeito certo dessa vez, percebeu que em menos de 5 minutos, ele tinha se recomposto e estava parecendo novamente o coração de pedra que ela abordou no aeroporto pedindo carona dois dias atrás. Por um segundo, ela o viu como um ser humano e isso lhe foi perturbador. Balançou a cabeça, afastando as lembranças antes que voltasse a se lembrar do membro enorme que ele tinha e começasse a ter pensamentos indecorosos de novo. — Bem vinda, Srta Dawson. Viu que quando entra do jeito certo na sala dos outros, encontra normalidade? Maya revirou os olhos, sentando na cadeira que ele lhe indicou. — Sua amiga saiu daqui muito nervosa, me fuzilando com o olhar. Acho que ficou muito brava porque atrapalhei sua diversão em horário de expediente. — Não foi esse o motivo, não. Alícia ficou chateada porque aquela seria nossa despedida. Eu a avisei que vou me casar em breve. — É mesmo, isso é novidade pra mim. Quem é a felizarda? — Maya perguntou, realmente curiosa, mas no final querendo dizer a desafortunada, já que a fama de Bukaiter o precedia. — Você mesma. Quer se casar comigo, Maya Dawson?Maya checava tudo na Saborosa Brasil. Sua adega climatizada com tecnologia de ponta. Foi a terceira que ela abriu, a primeira no exterior e era o seu xodó. Nela continha sua coleção de garrafas ouro com sua assinatura, e ela era a mais complexa, que lhe deu mais trabalho e exigiu mais viagens. Quando ela teve a idéia, foi porque pensou que poderia aproveitar as viagens constantes que começaram a fazer para o Brasil, para dar andamento no projeto de Justin e Murilo. Quando Murilo deixou Florzinha nos Estados Unidos, 13 anos antes, ele tinha um problema.Ele tinha feito larga campanha com doação de células tronco e colocou São Paulo no topo de inscritos no REDOME, mas a compatibilidade dos doadores eram um pra 1000, enquanto para parentes era um pra 100. A coleta do cordão umbilical ainda é a melhor probabilidade de compatibilidade. Mas o problema na época é a recusa dos pais de ter uma criança com leucemia e gerar outra só para coletar células tronco do cordão. Ou quando a doença se
— Você sabe onde está minha filha? — Sim , eu sei! — Vocês são todos uns bobos. Ele falou que a mãe dele estava cuidando da Tiphany pra tia Hanna se tratar! — Hillary. O nome dela é Hillary e nós a chamamos de Hill.— Vou mandar preparar o jato, vamos para o Brasil buscar minha filha agora mesmo! — Esperem. Não se afobem! — Lá vem. Eu sabia que não ia ser de graça. Me fala quanto é, que eu pago. — Danilo, pare com isso! Chega! Danilo estava nervoso, com o peito estufado. Mas quando Samanta falava, ele calava. Maya estava quieta, acuada. Jhon Lee percebeu e saiu de perto de Samantha e a abraçou. — O que foi, Maya? Conseguimos o que tanto queríamos. Minha neta vai voltar pra casa. — Vocês não percebem? Murilo tem razão. Não podemos ser afobados. Tiphany não existe. A menina que eu gerei e que me foi arrancada se chama Hillary. E realmente, não podemos ser afobados. Tiphany não me conhece, aliás, nenhum de nós! Nós a desejamos e esperamos, e fizemos um castelo em cima dela. Mas
— Senhor Lars, por favor, enquanto meus pais e meu marido não chegam, o senhor pode me dizer como acabou nessa confusão? Maya estava sentada no sofá do sítio, Justin sentou ao lado dela em silêncio, fazendo o papel de homem da casa. Internamente ela sorriu para o filho, agradecendo mentalmente. Aquele homem poderia saber quem Hanna pagou para esconder a filha dela, ou dar uma pista! — Eu posso te chamar de Maya? Eu sou brasileiro, em meu país não temos tanta formalidade como aqui. Na verdade, eu pensei que nunca mais precisaria...— Não se preocupe. Fique à vontade.— Então. Eu passei no vestibular para a USP em São Paulo, que é...— Eu sei. A melhor universidade do país, como a nossa Harvard. — Sim, só que gratuita. Quando estava terminando, recebi a proposta para fazer especialização em oncologia em Nova York. Aceitei, claro. Ganhei bolsa e ajuda de custo. Na especialização, conheci o doutor Stevens. Homem apaixonado pela medicina como eu. Sempre nos demos bem, ele me levou pra m
— Não! Não. Não! Eu não aceito, Danilo! O que você fez pra ela? — Eu não fiz nada, Maya! Eu fiz a doação da medula. O próprio doutor Mayer coletou. Ele pediu que eu contasse nosso problema com Hanna pra me distrair. Depois da coleta continuou comigo durante a recuperação. Também não lembro de ter terminado a história, porque acabei pegando no sono. Talvez os analgésicos que ele me deu para a dor. Quando acordei, você estava lá pra me buscar. Não fiz nada, ou então o doutor não teria me tratado tão bem, você não acha? — Eu não sei, Danilo! — Maya desabou a chorar, inconsolável! — Filha, vamos fazer um plano, vai ter outro jeito! — Que jeito, Samantha? Eu quero ir embora. Quero ir pra minha casa, abraçar meu filho. — Isso é muito bom, Maya. Justin vai ser sua cura da batalha perdida. Assim que seu pai resolver tudo por aqui, podemos voltar e nos recuperar. Depois começamos tudo de novo. — Não! Eu quero ir embora agora. Preciso do meu filho. Vou arrumar minhas coisas e vou embora.
Quando Danilo saiu, Hanna pegou seu celular e começou a pesquisar. Por mais que ela achasse que ele montou aquele programa de televisão, não acreditava que pudesse ter sido em todos os países que ela pesquisou. Claro que mandou traduzir, porque só falava inglês e um pouco de português agora, mas ainda assim, muito poucas palavras. Sempre achou que se um dia resolvesse aprender outras línguas, evitaria japonês e árabe, por acreditar que pareciam muito difíceis. Mas quando conheceu Murilo, descobriu que o português era a língua mais difícil do mundo! Eles complicam tudo, tem um monte de variações para uma palavra só, palavras que não podem ser traduzidas para nenhuma outra língua! Era muito complicada aquela língua! Jogou a pesquisa em grandes jornais brasileiros, e encontrou uma notícia de última hora. A palavra "morte" chamou sua atenção. Lembrava de sua época de escola, que tinham espanhol. O português se parecia bastante com essa língua e se tivesse o mesmo significado, ela não sa
— Porque você quem veio negociar comigo? Maya não tem coragem de encarar os ferimentos que me causou? — Eu te peço desculpas pelo que ela fez, Hanna. Ela perdeu o controle. — Eu não quero falar com você. Quero falar com minha irmã. — Eu sou seu irmão, Hanna. — Não. Aquele resultado de DNA diz que não somos irmãos. — Hanna, pare! Você sabe que manipulou aquele resultado. Trocou pelo resultado do Justin com Denny. — Não sei do que você está falando.— Hanna, é sério que você não pensou que eu faria outro exame de DNA? — Então vocês sabiam? E mesmo assim me deixaram convivendo com Justin? — Não, confiamos Justin a você. Queríamos que você tivesse a experiência de ser responsável por uma criança. — Não importa. Não quero conversar com você, já disse. Maya é a irmã que eu reconheço. Quero negociar com ela.— Olha Hanna, eu estou te dando o benefício da dúvida. Achei que você tivesse percebido que Maya só quer arrancar seus olhos na unha. Minha mulher não é mais a sonsa que você se
Último capítulo