ASTRID

Sai empurrando todos, e gritando, Pietro não soltava da minha mão.

Quando saímos no beco atrás do restaurante, percebi a chegada de ambulâncias, vi quando um socorrista saiu deixando aberto, entrei sem pensar com Pietro ali.

Sai dirigindo como louca, sabia que não poderia ficar nesse carro por muito tempo.

Dirigi até a periferia da cidade, abandonando o carro.

Ali coloquei uma blusa que achei ali em Pietro.

Saindo do carro, procurei por um lugar onde compram produtos sem fazer perguntas.

O meu coração doía olhei para o meu anel de noivado, lembrei do corpo dele no chão, o sangue, não iria tirar do meu dedo, nunca.

Tirei então a corrente que ele me havia dado quando saímos no nosso primeiro jantar.

Com o dinheiro que consegui, comprei um carro furtado, de placa fria.

Pietro não falava nada, nem chorava, estava o tempo todo ao meu lado.

Viajamos até o anoitecer, peguei o rumo de cidades do interior.

Abandonei o carro a noite, próximo a um vilarejo, paguei por um quarto num hotel