Epílogo - Parte 1
Giovanna
— Oi!
A minha voz sai como um sussurro quando paro na frente de um túmulo e fito a pedra fria que carrega o seu nome. A imagem um pouco gasta pelo calor do sol me diz muito sobre a minha negligência. Desde que descobri toda a verdade sobre Arturo Fontana me desliguei totalmente das lembranças que ele havia deixado marcadas dentro de mim. No entanto, tenho sonhado com ele há algumas noites e me lembrei que me esqueci de dizer adeus.
— Já faz um tempo e…
Suspiro baixo e me sento em um banco de concreto.
— Eu não vim para me desculpar por não te visitar ao longo dos meses. Ou para dizer que voltarei em breve. Na verdade, eu… ainda estou com muita raiva de você. Céus, eu… queria que estivesse aqui. Queria te encher de perguntas. Em que momento você se perdeu, irmão? Quando você se tornou um desconhecido e eu nem percebi isso?
Não consigo chorar. É como se todas as minhas lágrimas tivessem secado dentro de mim.
— Você era o meu herói! — resmungo baixo, em um lamp