Andreas
— Eu te dei uma ordem bem simples. “Feche a porra da porta com chave” — explico, sentindo com dois dedos meus o pulsar do seu sangue no seu pulso.
— O que vai fazer? — Matia questiona nervoso. Chego ainda mais perto e olho dentro dos seus olhos.
— Eu vou te ensinar que ninguém toca na minha mulher.
Seguro no seu pulso amarrado e deslizo a lâmina lentamente por ele.
— NÃO! — Ele grita. Contudo, volto a deslizar a lâmina e faço o mesmo no outro pulso. Seu sangue começa a jorrar como uma goteira persistente, pingando ávida pelo chão e em desespero Matia fita o piso de concreto liso ganhar um tom de vermelho.
Calmamente me afasto dele, limpo a lâmina e com cuidado a guardo dentro da maleta. Depois, me sento em uma cadeira, cruzo uma perna e o observo em silêncio.
— Socorro! — Ele pede baixinho. — SOCORRO!!! — grita desesperado.
— Essa será a sua sentença, Matia — falo com certo descaso. — Você irá morrer nessa cadeira e aos