Acordo com uma baita dor de cabeça, jogado no sofá da sala. A cena de ontem entre aquele crápula e minha irmã volta à mente como um pesadelo vívido. O ódio que sinto é tão grande que, se eu pudesse, o mataria. Um cheiro maravilhoso de comida invade a sala e olho o relógio: quase 11h30 da manhã. Me levanto e a dor na cabeça lateja ainda mais. Preciso de um remédio.
Vou até a cozinha e vejo Lunna, ainda com o pijama de ontem, preparando algo no fogão.
— Que cheiro bom! — digo. Ela se assusta, virando para mim com a mão no peito. Estava tão distraída que nem percebeu minha entrada.
— Adam, você quer me matar?
— Desculpa!