Capítulo 187
Riley Black
Vi o rosto dele tão perto que o vapor desistiu de embaçar, como se tivesse respeito. O “Don” encaixado em mim, a força alinhada à ternura, o controle só para manter o mundo em pé enquanto ele me desmancha.
Nos movemos juntos, e, por alguns segundos, o tilintar da água pareceu acompanhar nosso compasso. Não havia violência; havia precisão. Ele sabia exatamente quando diminuir, quando intensificar, quando parar só o suficiente pra eu querer mais e quando ceder porque eu implorei sem voz.
— Caralho, Riley… — sussurrou, e a testa dele tocou na minha. — Você é minha.
— Sou. — respondi, sem orgulho nenhum de parecer tão fácil, e com todo orgulho de ser dele. — Sou.
Quando ele me virou, foi com a firmeza de quem segura algo precioso e perigoso ao mesmo tempo. Minhas mãos encontraram o vidro, e o vidro estava frio — eu, não.
— Empina pra mim.
Luca encaixou o corpo ao meu, como se o espaço entre nós fosse desperdício. O beijo veio de lado,