Lucas

Eu nunca pensei que seria fácil, estar ao lado da Priscila em operações como essa. Mas na boate, enquanto eu a observava de longe, cada movimento dela parecia um teste para os meus nervos. A forma como ela entrou no jogo, fingindo ser uma adolescente vulnerável, me fez sentir algo que eu tento suprimir durante cada missão. Ela estava tão exposta, tão ao alcance daquele desgraçado mais velho. Eu queria correr até ela, arrancar aquele cara de perto, mas sabia que o plano exigia paciência. Ela tinha que atrair o velho para a armadilha, e eu precisava confiar nela — na mulher que amo.

Eu sabia que ela estava em controle, mas, mesmo assim, ver a Priscila naquele papel me deixava inquieto. Ela jogava o papel de uma menina de 16 anos, a idade da minhã irmã, ela fez com uma perfeição que só ela conseguiria, mas por dentro eu sabia o quanto ela odiava aquilo. Toda vez que aquele homem colocava os olhos nela, minha vontade era esmagar a cara dele na parede. Mas Priscila, sempre firme, li