198. Sangue mentolado
Ceyas
— Não importa o quanto você tente, não vai ganhar nada com mentiras — profiro para o homem. — Está aqui — digo, apontando para minha cabeça. — Quando mente, eu sei.
— Engraçado, porque não me lembro de você tendo conhecimento dos meus últimos movimentos — fala, com o deboche escorrendo de suas palavras como se fossem uma praga.
“Será que eu poderia fazer ele entender de outra forma?” com esse pensamento em mente, ouço o som de seu osso sendo partido quando desço a lâmina do facão com força contra a sua carne.
Ele já deixou claro que sua motivação está ligada ao que meu pai fez. Não posso deixar que continue sendo assim. Se tem informações para me dar, quero que fale logo; não ganhará um passe para casa, mas parará de sofrer.
— Tem razão, não pude ver através da sua expressão sorridente ou de suas mentiras, mas agora, te peguei, e as suas chances de escapar são nulas — lembro a ele. — Não criou o seu plano tosco sozinho. Quem foi o bruxo que te ajudou?
— Só tem isso a dizer? — me