184. Na lua cheia branco é pintado de vermelho
Lugi
— Não queria ficar fedendo a sangue hoje, mas vocês não estão ajudando — falo, percebendo que o número deles não para de aumentar. Podemos matar um, mas surgem três no lugar. Eles não têm medo de perder nada.
Se dispõem a deixar seus companheiros morrerem somente para ter a possibilidade de chegar mais perto da mansão. Embora o seu avanço seja feroz, não deixamos que ganhem território e, pelo que consigo ouvir, as outras partes dela estão sendo bem protegidas.
— Nos dê a criança — demanda o sujeito. Contudo, pensa mesmo que um pedido como esse será atendido? Não vê todos os cadáveres enfeitando o chão? Acha que eles são parte da decoração macabra criada por mim e por esse zumbi?
Yvon olha para mim como se soubesse que o chamei de zumbi em meus pensamentos. Já cansei de ver as pessoas arrancando pedaços seus, somente para eles se regenerarem até ele ficar inteiro de novo.
— Acho que já respondi essa pergunta um milhão de vezes — murmuro, um pouco mais irritado. Éden pode até não es