— Posso te perguntar uma coisa? — Falei, curiosa. — A gente quase nem se via antes, por que você é tão bom comigo?
— Bom como? — A voz de Leonel saiu rouca.
— Você aceitou se casar comigo. Não tem medo de ouvirem por aí que você ficou com a mulher que o Caio não quis?
Ele parou por um segundo.
Depois respondeu, com doçura:
— Que bobagem é essa? Casar com você é a melhor coisa que podia me acontecer. Se ele não soube valorizar, o problema é dele.
Senti como se uma brisa leve passasse pelo meu coração. Macia, tocante.
— Quero te contar um segredo — Disse ele, sorrindo. — Na verdade, eu gosto de você faz muito tempo.
Olhei pra ele, surpresa.
E ele continuou:
— Quando meus pais ainda eram vivos, uma vez fomos visitar sua casa. Você tinha pouco mais de um ano. Ficou fazendo biquinho e me pedindo bala. Na hora, pensei: Como pode existir alguém tão fofinha assim?
Após um momento de silêncio, ele continuou:
— Depois que perdi meus pais, quase não saía de casa. Mas toda vez que você aparecia na