— Pronto. — invadi a sala, flagrando-o atento a TV — Podemos ir jantar?
— Podemos. — se levantou e passou a me acompanhar até a cozinha.
— Demorei?
— Não muito.
— Ainda bem. Sinta-se avontade. — indiquei a mesa e ele assentiu antes de se sentar.
— O cheiro aqui está de dar água na boca. — ouvi dizer por trás de mim, enquanto desligava as panelas para começar a servir.
— Confia que o sabor compensa.
— Não tenho dúvidas. — soltou alguns risos roucos — Há uns 11 anos duvidaria, mas agora não.
— Estou ligeiramente ofendida. — me virei, plantei as mãos na cintura e ri — Mas é verdade. Eu não era lá essas coisas, na cozinha.
— O que mudou isso?
— Não sei. — alcancei duas travessas e colheres para servir — As coisas simplesmente foram mudando.
— Bom saber.
— Como vão as coisas