O fogo dentro do quarto já havia sido extinto.
Clara estava encolhida no canto, com as cordas desatadas e o objeto em sua boca removido.
Momentos antes, uma labareda quase a atingiu, mas ela foi arrastada para longe a tempo.
Quando a sacola foi removida de sua cabeça, ela viu a faxineira, que deveria estar na empresa.
- Srta. Clara, você está bem?
A faxineira parecia genuinamente preocupada, seu rosto magro e amarelado estava marcado pela ansiedade.
Clara sentiu que conhecia aquela pessoa, mas, ao ouvir a voz de Lucas, a mulher se assustou e correu.
Lucas viu Clara sozinha, encolhida no canto, sem ferimentos, mas com as roupas sujas e o cabelo coberto de poeira.
O cheiro pungente de fumaça e queimado ainda pairava no ar.
Lucas, com um gosto metálico na boca, deu ordens a seus homens:
- Vão... Ajudem ela a se levantar.
Dois seguranças se aproximaram rapidamente, mas Clara se levantou sozinha.
Ela percebeu que Lucas estava se esforçando demais.
Ela mal o chamou e Lucas cuspiu sangue, ca