Julieta gritou por horas, queria chamar alguém para resgatá-la, mas não havia sinal suficiente para que sua mensagem ou ligação saísse.
Havia chorado e gritado tantas vezes que sua cabeça começou a latejar e sua garganta parecia arenosa. Colocou música no celular, mas já fazia mais de uma hora que a bateria havia acabado. Sentia-se desesperada. A ferida no braço doía horrores. Só queria um banho quente e dormir.
— Me tirem daqui, por favor — sussurra para o nada enquanto enterra a cabeça entre as pernas e as lágrimas não a abandonam.
Maximiliano não conseguia dormir. Foi para a academia às duas da manhã e socou o saco de boxe, usou a esteira e levantou pesos. Ainda assim se sentia inquieto. Decidiu aproveitar essa energia e ir ao escritório.
Eram apenas quatro da manhã. Mas ele sempre tinha muito trabalho que se acumulava quando saía cedo, então não foi nada estranho para ele ir sozinho ao escritório. Depois chamaria seus seguranças e motorista. Quando chegou ao prédio, tudo estava