“Sim, vá e veja se ela precisa de alguma coisa, filha.”
Felícia saiu de casa aflita e cheia de expectativas.
Chegou na recepção e procurou o quarto do marido. Subiu as escadas quase correndo, mesmo com uma barriga de sete meses.
Adentrou o quarto e encontrou a sogra rezando ao lado do filho. Ela se aproximou e olhou para o corpo do homem despojado na cama com uma coberta fina vestido com uma bata de hospital.
Ele parecia estar dormindo, magro e debilitado. Dona Quitéria levantou e deu um abraço afetuoso na nora, as duas choraram.
“Felícia, minha querida, que barrigão! Que felicidade em te ver.”
“Como está Raul, Dona Quitéria? Somente hoje que descobri o que aconteceu, demoraram muito para me avisar.”
“Filha, que bom que você veio. Precisamos conversar, aconteceram muitas coisas desde a última vez que Raul foi à fazenda.”
“Eu sei, fiquei sabendo de alguns informações.”
“Já estamos aqui há uma semana.”
“Minha nossa senhora, e como ele está?”
“Está em coma profundo, ele não acorda”,