Raphael
A madrugada chegou com uma quietude inquietante. Estávamos a caminho do depósito dos Spinelli, nossos veículos cortando as ruas escuras como sombras. Eu estava no carro da frente, com Dante ao meu lado.
— Está pronto para isso? — ele perguntou, quebrando o silêncio.
— Sempre.
Quando chegamos ao local, tudo aconteceu rápido. Os guardas foram neutralizados antes que pudessem dar o alarme, e logo estávamos dentro do depósito. O cheiro de madeira velha e combustível preenchia o ar enquanto nossos homens espalhavam explosivos.
— Isso vai acabar com eles — disse Dante, observando as caixas de mercadorias que representavam uma fortuna para os Spinelli.
Antes que eu pudesse responder, um tiro ecoou no ar.
— Emboscada! — gritou um dos nossos homens.
O caos tomou conta do depósito. Tiros vieram de todos os lados, e eu me joguei atrás de uma pilha de caixas, puxando minha arma. Dante estava ao meu lado, seu rosto iluminado pela adrenalina.
— Eles sabiam que estávamos vindo! — ele gritou