O rosto de Vinicius expressava puro choque, como se dissesse o quão insensato era meu comportamento naquele momento.
— Vá logo, querido. — Eu sorri de leve, impassível, incitando calmamente.
Ele segurava a faca, os passos pesados e arrastados.
O filhote tinha os olhos cheios de lágrimas, a boca abrindo e fechando, chamando silenciosamente por "papai".
Observei tudo com frieza, meu coração imóvel, sem nenhuma emoção. Cheguei até a franzir levemente a testa, impaciente: — Anda logo.
Vinicius finalmente se aproximou do filhote, mas no instante em que a lâmina quase tocava o pescoço da criança, uma mulher entrou correndo, fora de si.
— Pare! Não machuque meu filho!
Era Tina.
A mesma Tina que um dia me enganara com sorrisos falsos e um ar de piedade, e que acabara dormindo com o meu homem.
Naquele momento, ela estava com os cabelos um pouco bagunçados, o rosto tomado de ansiedade e raiva: — Melissa, por que é tão cruel? Não consegue aceitar nem ao menos uma criança? Com esse coração, ainda