Amelie
O cheiro ruim veio antes que eu abrisse os olhos. A iluminação era fraca, apenas uma chama solitária em uma das paredes.
— Você está bem?
A voz familiar me fez procurá-la no mesmo instante, Willian estava sentado no chão e Arthur deitado ao seu lado. Em seus pés e mãos, correntes.
Aquele lugar…
Levantei alarmada, mas imediatamente, senti o peso em um dos meus pés. Eu também estava acorrentada. Sentei-me ao sentir a fraqueza por vários dias sem alimento.
O colchão fino estava sobre o chão de pedra, o cheiro ruim ainda era o mesmo, porém, estava mais fraco. Não havia janelas e nem ventilação.
Olhei novamente para Willian, havia um machucado em seu peito e sangrava, mas ele apenas me encarava fixamente. Tentei organizar meus pensamentos confusos e aos poucos as memórias foram voltando.
— Você está bem? Arthur, por que está deitado? — perguntei, o nervosismo aumentou com mais velocidade quando me lembrei de tudo.
— Estamos bem, ele vai acordar em breve. Quero saber como está, Am